Então estabeleceu-se o imperio cinza.Do chove-não-molha,ou melhor,nem chove.Eu na sala de espera. Guardando todo meu tempo em um bolso rasgado.Lá fora,reações euforicas circulam pelas ruas.Pasmos,correndo ou preparando seus guarda-chuvas.Mas não há como evitar o que ja sei...demore o quanto quiser,não vai chegar em casa molhada.
Quissera eu assim.Participar da festa que celebra a espera pela proxima.Fixaram aqui:Nenhuma gota vai tocar o chão da nossa rua hoje.Deixo de lado.Recluso por conceitos(ou pelo menos tentando).Acostumei.Esqueci que a porta sempre esteve destrancada.
Dezoito em ponto.Declaram a liberdade provisoria ate o proximo nascer do sol.Em casa,entenda os fatos:O rastro molhado porta a dentro.Pode sorrir,realmente é engraçado quando erro.Só não me faça esperar tanto,o jantar pode esfriar,e eu ja sei que você não chegara seca.
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