Aqui do alto

Abri mão de todas as luzes, do vento forte, da lua e pousei meus olhos em todo aquele misterio bem ali do meu lado. Por deleite dos sentidos, um pouco mais de mim em um pouco mais de você. Vidros fechados, música italiana e alguns cigarros; dissolvi felicidade e medo. Brindamos; nos embebedamos em beijos.

Ousadia é se aproximar

Para cada caco, uma estrela. Logo bordam ate castelos. Castelos fazem sombra. Prefiro mar aberto. Peito aberto, eu e minha quase percepção. Quase boa intenção. Sorriram outra vez, mas depois chorou e fim.

De olhos fechados,

Ali, em meio ao parque, galochas e capas de chuva. Ele contou: A chuva que cai sobre o capô do carro embaça; longe, desfocadas as luzes dos postes. Calaram-se por um instante. Ela olhou para frente: faça-as vir para perto. Sorriram.

Bordas

Antes dos carros colidirem,da perda de controle,do sinal verde amarelar-se.Antes da carta ser entregue,da musica tocar,dos olhos sederem a verdade.Antes de fechar a porta,de dizer sim,de correr sem relógio.Esperaria por mais setenta anos,se assim a certeza encharcasse meus passos tontos entres nossos desejos.