Sobre Vulcões

De cortinas fechadas,caminho num mundo que deixa pedaços na lixeira. Passo semana à fio,conversando com minhas verdades,sem menor pudor. Em um movimento que espanta ate vilões,a campainha grita. Quando dou por mim,seu perfume já percorreu cada canto da casa. Quase implorando por cortes,faz-se presente a maior felicidade que me cabe. O chão se junta ao teto a cada brinde que colore nossas satisfações. Loucura nostálgica e fim. Assisto a despedida setenta vezes ou mais,sempre com finais diferentes. Ate porque o final só se cria em abstrato. Se minhas certezas andassem de mãos dadas fora dessa roda viva,faria mais. Envelheci dez anos hoje e senti saudade. A foto te mostrava caminhando pelo meio-fio de braços abertos. Você agora, me diz a hora de parar. Ainda sim,meu sangue pulsa agitado por vias estreitas do lado esquerdo do peito.

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