Catorze zero cinco

Lancei toda a tinta de uma só vez,por todo quadro em branco,como quem dá a cara à tapa. Sem o menor receio sobre poeira nos olhos ou desejos largados pela rua. Vou então tragando em frações o meu final feliz. Você,azul escuro,sobrepondo invenções por minha calça clara. A legenda disse meia noite. Mas qualquer número se perde em caracteres,tentando cercar o nosso “boa noite” fadado à saudade. O espelho no teto tinha estrelas que ninguém seria capaz de sentir. E você sorriu o mundo numa brisa doce.

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