Ode a impossibilidade

Tocou pela terceira vez. Ate esperaria por sua voz, se as impossibilidades não gritassem tão alto. Aos poucos, o que nunca existiu vai ficando ainda menor. Noites mais longas, dias tragados a pensamentos que jamais deveriam ter cruzado a fronteira entre inconsciente e desejo. Você tem medo, e talvez seja melhor assim. O problema é quando seu braço encosta no meu, quando seus olhos cruzam minhas fixações sem a menor intenção. Quando o quase dorme por um segundo. E toda rocha que demorei tanto moldar se dissolve. Lá se vão mais dois maços.

2 comentários:

  1. você ensinou algumas a ouvir boa música. ensinou à outras e escrever como anjos. e me ensinou ser como você; tragar dois maços inteiros com o coração cheio de qualquer coisa qualquer.

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