Página um, página mil, página um.

Cheirava a arrependimento e amigos imaginários, e ainda sim alavanquei passos a diante. Era Lua cheia e se rolassem dois dados, somaria doze. Mas cheirava desgosto e falta de educação. As garrafas ficaram vazias e os cigarros tornavam-se penas prestes a esparramar palavras pela folha em branco, pela mesa, por nossas mãos ou aonde quisesse. E começava a cheirar boa intenção, melhor que isso, já exalava intenções incontaveis, palpáveis queimando como o sol ao meio dia. Eu odeio meu relógio. Depois do boa noite sussurado letra por letra, neve intensa. Silêncio, lado esquerdo da cama arrumado e procura desesperada pelo sentimento de saudade, que ate veio, mas foi embora voando, sem deixar número de telefone. Pela manhã café doce demais. Cheirava a arrependimento e amigos imaginários.

Um comentário: